Morrendo aos poucos

Que morro porque não morro. Vivo sem viver em mim.
(Tereza D'Avila - 1565)

Que coisa! Fim de semestre, eu em plena confiança de que vou passar em tudo e olha só... começa a surgir de novo aquela pequena vontade, pequena porém perceptível, de... como explicar... morrer!

Sim morrer, não no sentido de falecer, esticar as canelas, dobrar a esquina, cumprir sua sentença... mas morrer no sentido de se consumir... nossa que vontade de pertencer a humanidade que me dá nessas horas, ser livre, totalmente livre, sem nada, tendo como única preocupação o Amor... mas aí logo em seguida me vem aquele pensamento:

Não estaria eu sendo egoísta demais? Tipo, quem sabe pra mim não é reservado casar, ser mãe, e doar a minha vida pela minha família? 5 filhos, casamento pra vida toda... ainda me é, às vezes, estranha essa idéia...

De qualquer forma quero morrer, nem que seja aos poucos, quero me consumir! Quero amar até o ponto de não aguentar, quero me encontrar com o Cristo abandonado na Cruz e consolá-Lo!

Enfim, morrer é viver, mesmo que aos poucos, que coisa não?

Acabou de me ocorrer uma pergunta, será que uma coisa exclue a outra? Posso eu morrer pela humanidade dentro de um casamento? Hmmm, coisas a serem pensadas, quem sabe escrevo mais sobre isso, terá algum louco perdido por esse mundo que tope isso? =)

Meu querido Santo Inácio... será esse um terceiro caminho a se pensar?